segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Vidróquio

Jorge era um velho solitário quevivia em uma cabana.E como sempre estava sozinho, resolveu fazer um boneco.Assim, com alguns pedaços de vidro e algumas ferramentas, foi fazendo oseu boneco. Depois de longas semanas de trabalho Vidróquio estava pronto. E oesforço de Seu Jorge havia valido à pena.

O que Seu Jorge não esperava que esse boneco ganhassevida. Jorge ficou mais feliz ainda por ter alguém ao seu lado quepudesse conversar e assim sendo, seu Jorge começou a tratar Vidróquio como sefosse seu filho.

Em um dia qualquer, Jorge pediu a Vidróquio que fosse aomercado comprar algumas coisas que faltava em sua dispensa.

-Vidróquio meu filho,venha cá! -Disse Seu Jorge.

-O que o senhor quer? -Perguntou Vidróquio.

Jorge estendeu-lhe a mão deu algumas moedas efalou:

-Vá ao mercado comprar algumas coisas que faltam.

Meio emburrado e com muita preguiça, Vidróquio foi aomercado resmungando:

-Tudo eu, sempre eu que tenho que fazer as coisas, masquando é para brincar na rua ele nunca deixa.

Na ida ao mercado, Vidróquio que era um menino muitolevado foi para a rua brincar com seus amigos ao invés de ir ao mercado paraseu pai.

Jorge já muito preocupado com a demora de seu filho,resolveu procurá-lo.

E lá estava Vridróquio todo sorridente na rua brincando.Seus amigos perguntavam se o pai dele havia deixado ele sair para brincar e comtoda graça Vidróquio respondia:

-Claro que Sim!

E a cada vez que Vidróquio mentia, sua perna crescia. Masmesmo assim o garoto continuo a mentir.

Jorge que já estava a sua procura, muito irritado,resmungava pelo caminho:

-A hora que eu encontrar esse garoto, vou lhe dar unsbelos tapas para aprender a me obedecer.

Vidróquio já com a perna grande, decide ir para casa, commuita dificuldade de andar foi caminhando muito devagar. No caminho, Vidróquioteve uma grande surpresa. Ele acabou encontrando seu pai, que já muito furioso,gritava de lá de longe:

-Vidróqio, venha cá agora! Vou te ensinar uma belalição.

E o garoto muito assustado, começou a correr com muitadificuldade, pois uma perna estava maior que a outra. No meio do caminho,Vidróquio tropeçou e por pouco não caiu. Seu Jorge um pouco atrás o seguroupelo braço e lhe disse algumas verdades:

-Viu o que dá mentir para seu pai! Quase caiu e poderia se quebrar todo.

Seu Jorge já um pouco mais tranquilo por ter achado seufilho, levou-o para casa. Já em casa, Jorge acabou deixando o garoto de vidrode castigo, apesar de já ter aprendido a lição.

À noite, deitado em sua cama, Vidróquiorezava para que ele fosse um menino de verdade, assim seu pai o deixariabrincar com seus amigos na rua. Pensando em como seria se ele fosse um meninode verdade, e em poucos minutos o garoto se apagou. Pela manhã, Seu Jorgegritava lá da cozinha:

-Vidróquio, já é hora de acordar!

O menino ainda com sono se levantou dacama cambaleando, foi até ao banheiro e lavou o rosto e quando se olhou noespelho tomou um susto, ao mesmo tempo ficou feliz, Vidróquio havia virado ummenino de verdade. Todo feliz e empolgante, saiu gritando pela casa:

-Sou menino de verdade! Olhe papai, sou um menino deverdade.

Seu pai olhou assustado e lhe deu um abraçodizendo:

-Deus é pai! Olhe para você filho, está lindo e cheio devida.

Depois de muitos abraços e beijos, Vidróquio foi para arua brincar, pois finalmente tinha a liberdade que um garoto da sua idadepoderia ter.

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